terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pirataria de livros

Quando digo pirataria de livros, não estou falando dos exemplares xerocados em massa pelos estudantes brasileiros, mas uma forma de pirataria infinitamente superior que existe no Peru. Enquanto nos viramos com cópias preto e branco de livros acadêmicos, eles compram romance com capa e tudo em camelôs. A matéria original está no The Guardian e quem lê inglês deveria ver o incrível trabalho jornalístico que fazem lá.


Mas para quem prefere o português...

O mercado de livros piratas no Peru é independente do mercado legítimo e tão lucrativo quanto. Traduções de livros que fazem sucesso no mundo inteiro podem ser encontradas na rua antes de a livraria liberar uma data para o seu lançamento. Além de ter "lojas" em muito mais pontos do que as livrarias, o mercado pirata tem uma feira de livro conhecida como Amazonas e cujo slogan é "Paraíso de loslibros", onde você pode encontrar praticamente qualquer coisa que quiser.


Para tentar combater o ilegal as editoras fazem de tudo, menos diminuir o preço das edições. A principal ação deles é colocar um selo "Compre o original" na capa dos livros. O autor mais vendido no país - vejam só - é Paulo Coelho e o seu lançamento O vencedor está só. Mas não se preocupe, Crepúsculo também marca presença.

A polícia de lá faz o mesmo que fazem com shopping populares aqui e apreendem cópias piratas ou sem recibo. Em um único dia 90.000 exemplares foram apreendidos em um mercado. Antes do final do dia eles já tinham reposto o estoque.

No Peru, a alfabetização cresceu no último século, mas muitos ainda falam língua indígenas e são marginalizados. Para o The Guardian, a literatura é encarada como a melhor forma de sair da periferia e adquirir conhecimento.

Um comentário:

Alexei Fausto disse...

Só acho paia o "não se preocupem", porque só me fez preocupar mais...

Aiaiai...bom tempo em que os vampiros eram maus...