quarta-feira, 21 de julho de 2010

Por que lemos?


Depois de um mês e meio em Nova York, estou de volta! Os posts foram escassos durante esse tempo, mas as experiências não. Acho que nunca tinha ido em tantas livrarias em tão pouco tempo (cheguei a oito em um dia), e essa imersão na capital do publishing me fez ver que é isso mesmo que eu quero da vida, escrever para revistas, livros e para a internet.

Uma das coisas mais interessantes que eu vi por lá (no quesito livro) foi a variedade. A cada ano são publicados mais livros do que uma pessoa é capaz de ler durante a vida toda. Graças a isso, há toda uma indústria que ajuda os leitores a encontrar o que eles querem. Jornalistas, livrarias, bibliotecas, clubes do livro têm status e o que sugerem é normalmente seguido. Não porque as pessoas não querem pensar por si mesmas, mas porque ninguém é capaz de fazer uma escolha bem informada com tantas opções.

Outro aspecto interessante é a escolha que eles fazem. É claro que a literatura de qualidade, que é um produto artístico e deve ser lido por todos está em muitas listas. Porém, livros novos, divertidos, sem lições de moral marcam presença também. Isso porque ninguém dá conta de ler Machado de Assis todos os dias. Todo mundo precisa do livro bobo, que conta uma história e te envolve completamente por algumas horas.




Além disso, os livros estão em todos os lugares: livraria, supermercado, farmácia, loja de departamento, metrô. Se o livro acabar e você estiver longe de casa, não tema! Outro pode ser comprado na esquina. Mas isso não quer dizer que você vai encontrar literatura de qualidade (mesmo considerando os divertidos) em todos os lugares. Assim como no Brasil, os romances água com áçucar dominam o mercado fora (e dentro) das livrarias.

Resumindo: Nova York é incrível. Ler é diversão, não precisa ser aprendizado.

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