segunda-feira, 1 de março de 2010

O dia em que as máquinas se rebelaram

Imagine que o seu computador criou consciência. Imagine que ele é mais inteligente do que você. É esse o tema central do livro Os Dias da Peste do autor brasileiro Fábio Fernandes. O personagem autobiográfico do autor trabalha como professor em uma Universidade e em consertos de computadores.

O livro é escrito como se fossem registros de um homem que tem um papel central durante uma época importante, o Despertar, quando todos os computadores ganham consciência. O livro é dividido em três partes: O Diário Híbrido, o Blog e o Podcast, mostrando o crescente envolvimento e dependência do homem com as máquinas.

Artur está no meio de todos os acontecimentos. Ele é um dos primeiros a entender que as máquinas estão ganhando vida e rapidamente cria um relacionamento com sua própria IC, a qual ele batiza de Anjo 45. Apesar da amizade com Anjo, ele não deixa de manter uma distância da máquina para preservar sua individualidade, tema recorrente na obra.

O livro é recheado de referências a inúmeros outros autores de Ficção Científica, que escreveram sobre o Despertar das máquinas. Em alguns momentos, o excesso de referências tira o contato do leitor com a história que está sendo contada no momento. O problema é percebido pelo próprio autor, que escolhe fazer uma autocrítica a mudar o formato.

No final do livro ele escreve: "Pra começar, baixar um pouco a bola na questão das referências. Você joga muitos dropes de informações soltos, essa rapaziada mais jovem não entende picas do que você está falando. O que estraga o mundo é o excesso de referências". A fala chega ao leitor como o conselho de um dos personagens.

Nenhum comentário: