quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Aconteceu em Woodstock

Ao voltar de uma viagem vi o livro de capa psicodélica em uma dessas livrarias de aeroporto e decidi que, já que vai ter um filme, valia a pena ler a história. O escritor, Elliot Tiber, conta a história de como ele se viu no olho do furacão do maior e mais famoso show de rock da história mundial ocidental.

Elliot é um judeu homossexual formado em Artes, como ele mesmo deixa claro, e vivia em Nova York na década de 60, logo antes dos gays terem direitos como pessoas, na época em que eram tratados como animais.

Além de não ser aceito pela sociedade, Tiber sofria constantemente com as represálias de sua mãe, judia e russa, que impunha a culpa na alma do garoto. Após anos sendo maltratado pelos pais, ele cai na furada-mor da sua vida e decide ajuda-los a manter o hotel/cafofo/cortiço que tinham nas montanhas Catskill, o El Monaco.

Para tentar salvar a sanidade Tiber criava placas malucas, organizava festivais de música, artes, teatro e o que mais pudesse e, por fim, se tornou o dirigente da Câmara de Comércio de Bethel, a cidade onde o hotel fica.

Quando ficou sabendo que a cidade vizinha não permitiria que o Woodstock acontecesse em seu terreno, ele agarrou sua grande oportunidade de se tornar alguém e ligou para os organizadores dizendo que tinha permissão legal para realizar qualquer concerto que quisesse e que adoraria ceder o terreno de seu hotel para eles.

Quinze minutos depois os organizadores estavam lá e acabaram fazendo o acordo com um fazendeiro da região, amigo de Tiber. O resto é história, mas é também uma história de como o judeu homossexual artista se tornou um grande nome do festival e passou mais de um mês por conta do hotel que estava quebrado e de cuidar de quem tinha bad trips com ácido.

Vale a pena ler, com certeza. E eu acho que o filme vai ser bom também.

2 comentários:

Alexandre Kovacs disse...

Achei o filme ótimo, principalmente pelo trabalho de reconstituição. Certas cenas nos deixam em dúvida se foram reais ou não (principalmente as passagens da chuva). A mãe judia é um capítulo à parte no filme, uma interpretação fantástica. Recomendo muito!

Alexei Fausto disse...

olha só, parece interessante...