quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O iPad e o escritor 2.0



Enquanto meio mundo se preocupa em como o iPad se comportará como leitor de ebooks, jornais e revistas, alguns pensam em como o aparelho influenciará a produção de conteúdo. Isso porque o gadget não é uma ferramenta passiva como o Kindle, na qual você senta e lê o que lhe é oferecido. No iPad você tem uma experiência ativa, na qual o que acontece depende de você e ler livros não é sua única possibilidade.

O primeiro motivo pelo qual o iPad ajudará a criar o escritor 2.0 (você ouviu primeiro no LivroLivre) é a possibilidade de ler e escrever em qualquer lugar, usando um dispositivo de 700 gramas. Steve Jobs tem razão quando diz que o netbook não é prático para longas seções. Ele é pequeno, irritante e deixa qualquer um cansado após pouco tempo de uso. Já o iPad permite uma leitura agradável (se é bom ler no iPhone, no iPad vai ser ainda melhor). Ele também permite uma escrita confortável com seu teclado acoplável.

Outro motivo é que o escritor não vive de imaginar e colocar suas ideias no papel. Ele pesquisa o assunto do qual vai falar e essaatividade pode consumir mais tempo do que a escrita em si. Júlio Verne foi um dos primeiros a investir pesado em suas pesquisas antes de começar um livro. Tudo que seus personagens falam e fazem é baseado em possibilidades e pesquisas reais.

O problema da pesquisa é que o escritor precisa de um sistema que possa organizar tudo que ele sabe de forma prática para que seja possível consultar detalhes durante o processo de colocar ideias no computador. Ter em suas mãos um dispositivo que permite que vocêacesse a internet e tire uma dúvida enquanto escreve sem necessidade de um laptop é muito importante. Você talvez não saiba, mas dá menos preguiça usar o iPhone/iPad do que ligar o computador. Ele está sempre ligado.

Mais uma vantagem do gadget para os escritor 2.0 são os aplicativos. Para escrever uma história é necessário organizar a ordem dos acontecimentos. Quem escrevia em papel tinha seus métodos, mas o escritor 2.0 poderá usar aplicativos que oferecem Mind Mapping.



E finalmente, o escritor 2.0 poderá - se quiser - tirar as amarras que o prendem ao texto. O próximo Código da Vinci poderá vir com fotos e vídeos dos locais aos quais o autor se refere. Livros para crianças serão uma profusão de cores, sons e palavras. O escritor 2.0 será uma espécie deperformer - é capaz de unir várias mídias de uma forma fluida, que atrai completamente a atenção do leitor sem obrigá-lo a ser passivo.

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