quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quer vender uma coisa chamada livro?

Em clara resposta à nossa revista nacional de cultura, a Cult, eu venho aqui. Acabei de comprar a última edição, que diz na capa ter uma "reportagem" sobre novas formas de vender livros. Não leio essa revista com frequencia, mas achei o tema muito interessante. Que surpresa a minha ao constar que a reportagem tem somente três páginas (pequenininha) e enche o leitor de estatísticas de venda de livros, mas contar o que tem de novo mesmo, nada.

O foco do autor é falar de como os livros são vendidos fora das livrarias desde a época de Monteiro Lobato, que sugeriu que o livros fosse tratado como bacalhau, batata ou querosene. Só mais um artigo. E que hoje isso continua acontecendo, sendo que 65% dos livros são vendidos fora de livraria, 19% em bancas. Ele também dá outra "notícia". Livro vende bem na internet.

Nas páginas vemos fotos de livros no supermercado, no posto de gasolina e até no bar (que é realmente só uma curiosidade e não uma tendência), mas ele esquece de falar que a maioria desses livros são de auto-ajuda, cursos rápidos etc. Não é literatura, muito menos brasileira, sendo vendida.

Também esquece que os tão aclamados pockets brasileiros se resumem a clássicos ou a livros que as editoras não conseguem vender mais a capa dura. Quero ver o aumento das vendas o dia em que lançarem ao mesmo tempo a edição bacana e a fudida.

Vale voltar no tempo do blog e ver que já falamos disso aqui e aqui.

2 comentários:

Leandro Oliveira disse...

Desistiu da aula de sexta?

Flávia Denise de Magalhães disse...

rsr desisti. No final das contas não era bem o que eu esperava...